terça-feira, 12 de outubro de 2010
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
A Velha Árvore
Era a mãe na imensa floresta.
As suas crias floresciam em cores,
Olhando hoje o que só lhe resta,
De que valeram os tantos primores ?
Seus galhos grandes e retorcidos,
Ainda falam do seu passado.
Dos belos dotes, hoje esquecidos,
Dos doces frutos tão desejados.
Das velhas folhas soltas no outono,
Como se lágrimas em vendavais.
Ah! Velha árvore o seu abandono
Melancolia é o que me traz.
Carleone Filho
sábado, 9 de outubro de 2010
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Acorde! A noite pouca é muita para os teus sonhos.
Não há mais tempo... Acorde!
Ouça o barulho das máquinas...
Escute o roncar do tempo em teus ouvidos.
Acorde agora! O dia está crescendo.
O sono intenso é muito ao teu cansaço.
Veja o rompante do sol
Surgindo entre os concretos.
Acorde já! Abra os teus olhos, toque no teu rosto.
As poucas rugas breve serão tantas...
Sinta o derrotar da tua pele triste
No tato rude das tuas mãos cansadas.
Acorde! Jogue sobre a pia o teu cuspe amargo.
O gosto podre é doce para os teus lábios.
Escarre. Lave a tua boca.
Só há o mau hálito entre os teus verbos.
Vamos... Acorde! Sinta como fede o travesseiro.
O cheiro podre é dádiva nas tuas narinas.
Acorde! Acorde! O tempo está passando.
A aurora está morrendo... Acorde!!!
Carleone Filho
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Rembrandt
Sou mais belo que um boi esquartejado!
Mas, no entanto, nunca fui pintado,
Nunca me vi assim aberto e nu;
Sem couro nem vísceras.
Nunca me Vi assim... poético.
Belo-feio e anti-estético,
Vazio e admirado.
Minha matéria romântica errou
Por só expor minha beleza.
Não infringiu.
Não exprimiu intensamente o meu feísmo.
Não me tornou obra de arte!
Carleone Filho
terça-feira, 5 de outubro de 2010
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
terça-feira, 7 de setembro de 2010
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
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